quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Actividade de Natal da Nossa Associação




Durante este mês de Dezembro, os membros da nossa associação, empenharam-se no sentido de Proporcionar um dia diferente e cheio de surpresas.
Nesse sentido e com os escassos recursos que possuímos, em primeiro lugar temos de agradecer ao nosso Clube "Os Armacenenses" a disponibilização da sala e a todos os comerciantes e particulares que tornaram possivel este evento, pelos donativos dados.

Não vamos enumerar nenhum pois todos foram importantes sem excepção.




A nossa festa realizou-se no passado dia 20 de Dezembro, apesar de não termos conseguido atingir todos os objectivos a que nos propunhamos, o balanço final é muito positivo, em virtude de ser a nossa primeira festa.



Conseguimos arranjar prendinhas para todas as crianças presentes na nossa festa. A alegria e o entusiasmo foram contagiantes, o que desde já nos faz sentir que este tipo de actividade tem de ter continuidade.



Exposemos os cartões de Natal que as nossas crianças do primeiro ciclo em colaboração com os seus professores, fizeram para a nossa Associação. Temos também de agradecer a todos os professores do primeiro ciclo, pois têm permitido que crianças tomem o seu primeiro contacto com as iniciativas da Associação.
Pensamos ser esta a melhor forma de implementar a associação nesta comunidade.

Tivemos a honra de ter connosco como "cantoras", Vanessa e Ana, que Participaram no concurso de Novos Talentos 2009 realizado este mês em Portimão, protagonizaram o momento da tarde musical. Também ajudaram alguns dos miúdos que se "atreveram" na aventura proposta, de participarem num Karaoke.
De frizar que tanto a Vanessa, a Ana, como o Flávio Participaram voluntariamente neste evento.




Para a noite, a proposta foi uma noite de Fados, em que os fundos seriam utilizados para a compra de Cabazes, para os armacenences mais necessitados, sendo este o único objectivo que não conseguimos concretizar.
A adesão ficou muito aquém das nossas expectativas, porém não podemos deixar de agradecer aos guitarristas e fadistas, todos eles voluntários, são eles:

Os fadistas:


Cremilde
Sérgio

Músicos:

Na guitarra portuguesa, José Bandarra
Na Guitarra Clássica: Tiago Filipe



A todos o nosso muito obrigado.

Inesperadamente, tivemos conhecimento que um Armacenense editou recentemente um livro de poesia, "Sem Pai Natal". Entramos de imediato em contacto com ele, apresentamos-lhe a nossa associação e os projectos que temos para a nossa Vila.
Convidamos o Henrique Gomes, o autor, para a nossa festa de Natal. Manifestamos a intenção de fazer uma apresentação oficial do livro, juntamente com a entrega dos prémios dos concursos de fotografia e poesia, a realizar no final do próximo mês.




O Henrique aceitou o nosso convite e veio a festa. Com o seu livro trouxe-nos uma surpresa, um dos membros da nossa Associação, o nosso Vice-Presidente, Sr. Gruner, foi homenageado no livro com um poema.



Aqui está o nosso "více".


Não gostariamos de terminar este post, sem homenagear o maior Voluntário de Armação de Pêra, é ele o Tiago Vila Nova. Ele está em todas, a ti o nosso agradecimento, pela tua entrega e disponibilidade.


A todos umas boas festas e que o novo ano nos traga coisas muito boas.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Arco-íris

Nunca feches uma janela quando o arco-íris está no céu.

Olha lá para fora, abeira-te do parapeito e fecha os olhos.

Sente as cores. Imagina que são ruelas pejadas de flores.
Os cheiros chegar-te-ão, e antes que te apercebas, os sentidos..tudo em ti falou mesmo em silêncio..

Para além da janela e do arco-íris, pensas ser a personagem principal desse momento.

Olha de novo o céu. Sente novamente os cheiros e pensa...pensa que o mundo está repleto de personagens principais.
O eu…o outro…somos todos parte de um cenário de valores reais.
Escuta o som do silêncio, e o diálogo das cores.
Escuta o som de tudo que não és apenas tu...e liga o teu mundo ao mundo que te cerca.

Nunca feches uma janela quando o arco-íris está no céu.

Maria Sales

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal

       Mais que a palavra é com certeza a profusão de sentimentos que nesta altura do ano, pelo Mundo se faz sentir. Será que se faz mesmo?
Agarrando na velha frase de que Natal é sempre que um Homem quiser, expande-se no meu cérebro um sentimento de revolta, porque há muitos Homens que continuam a não querer que o  Natal exista. Não existe nas lágrimas das mães que vêm os seus filhos morrer de fome. Não existe no sentir das mães que vêm seus filhos morrer de sida e tuberculose, as quais também, tantas vezes, acabam por morrer pelo infortúnio de viverem sob a assrgância de deuses menores, que enchem os seus bolsos de míseros tesouros de ganância, despojada de valores humanos. Não existe nas lágrimas das crianças sem pais, devastados pelas guerras dos tais deuses farsantes. Não existem nas dores dos que voltam dessas guerras ordenadas por rostos tão destapados, intitulados senhores do Mundo, e a quem muitos veneram  aplaudindo e quase querendo ser como eles. Não existem nos rostos dos toxicodependentes, tão escurraçados por tantos de nós, que deveriamos questionarmo-nos sobre o porquê de tudo isso. Onde está o Natal dos que vivem nas ruas alimentando-se do caixote do lixo? Onde está o Natal dos que estão sem emprego? Quem somos nós afinal para nos sentirmos tão felizes, quando à nossa  volta tudo gira na roda do faz de conta?
       Natal para mim é acima de tudo uma época de pensamento sobre a trapalhada que é este Mundo com valores distorcidos, os quais se sobrepõem à vida neste planeta, onde quem o comanda se sobrepõe a Deus, abolindo-O, e abolindo as regras de uma humanidade que deveria existir sem que houvessem na mesma monstros de vaidade, nascidos e crescidos na vergonha de ganharem medalhas por serem donos e  decisores da vidas humanas.
       Sim, eu amaria o Natal se me sentisse feliz esquecendo a infelicidade deste Mundo decadente. Apesar disso, desejo a todos um bom Natal

                      Maria Sales

Mensagens de Natal


Nesta época de Natal, onde uma Amizade e a Solidariedade Devem estar presentes, a Associação Amigos de Armação tem procurado mostrar estes dois sentimentos a Armação de Pêra, através das suas iniciativas, Independentemente de todas as polémicas.
O meu desejo é que estes dois Sentimentos que têm motivado os membros desta associação e aqueles que com ela mantenham têm colaborado se mantenham para os próximos Natais e Anos.

Feliz Natal e Bom Ano Novo para todos


Mário Nobre de Oliveira

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Donde brota a vossa política?



"O museu da cortiça e o projecto em que se engloba, foram durante anos, apresentados como exemplos de uma nova modalidade de articulação entre as finalidades colectivas e as conveniências privadas. Em 2001, recebeu o prémio de museu europeu do ano."

 Conclui-se agora,dadas as circunstâncias, que as conveniências privadas não são compativeis com as finalidades colectivas, acima de tudo, quando o património em questão é do interesse público.
 E porquê?
 Porque o destino deste património, que só a quem pertence compete decidir, pode ser comprometido de forma irreversivel.
 Todas estas conclusões são simples demais, senso comum.
 Para qual dos nossos politicos, esta realidade é uma descoberta recente?
 Durante todos estes anos, o museu esteve entregue a privados, mesmo sendo  considerado património de indiscutivel valor para a preservação da nossa identidade, terão os politicos responsáveis, um inventário dos pertences do museu?

 Nunca foram tomadas medidas para proteger o museu da cortiça de sobressaltos como o que testemunhamos agora.
 É do conhecimento de todos,o facto de o administrador do museu, seu proprietário, parcialmente, ser irmão da nossa presidente, D. Isabel Soares.

 O sr. administrador,agora falido foi à C.M.S., em busca de auxilio, afinal de contas o que o sr. têm para negociar não é para qualquer um, certo?

 Toda esta situação é, no minimo, escândalosa, é grave que a administaçãoda Fábrica do Inglês, tenha deixado arrastar e situação até ao ponto de comprometer, desta forma vergonhosa, o património que a todos nós diz respeito, uma irresponsabilidade de que não deveria sair impune.
 A forma como estão a lidar com este assunto faz nos adivinhar o pior, o contribuinte vai pagar pela irresponsabilidade dos envolvidos nesta situação.
 Ninguém apresenta soluções, porquê?
 Talvez porque as soluções que protejam o contribuinte prejudiquem o particular.
 De novo pergunto, que interesses defendem quem elegemos para nos representar?
 Ficará para sempre , se assim o permitirem, a certeza de que toda esta situação está a ser gerida de forma a não prejudicar o particular, o que é inadmissivel.
Se o protocolo com a fábrica do Inglês chegar a ser assinado, não deixará nunca de ser um insulto, a todos os que vencem com responsabilidade e trabalho as dificuldades que ao longo da vida vão surgindo.

Sempre me vem ao pensamento, que cada voto que entra nas urnas, nos actos eleitorais, não é mais que uma pérola deitada aos porcos.

Tânia Oliveira

Boas Festas!


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dinamizar o comércio local


Devido à minha actividade profissional, desloco-me algumas vezes à cidade de Santiago do Cacém, ao passar na Rua do comércio, consigo perceber que é Natal.
Há muita luz, presépios montados no centro da cidade, mas acima de tudo  senti que era Natal.
Fui então ver as lojas e suas decorações.


 Numa pequena loja vi um artigo que me agradou e o adquiri, o meu espanto foi quando a Sra. me pede o meu nome e contacto telefónico, para as rifas de Natal!


Pensei: Que iniciativa tão simpática!


E a humilde Senhora respondeu:
- É uma iniciativa da nossa Câmara e das diversas freguesias, veja o cartaz que está na porta e boa sorte.
- Muito obrigado pela sua visita.

Haviam na realidade por toda a cidade e provávelmente pelas restantes freguesias, cartazes como este para promover o evento.


Navegando pelo blog Cidadania, reparei num recado anónimo, que normalmente divulga através deste espaço as acções Camarárias e como já é hábito a 8ª edição das montras de Natal do nosso concelho já teve o seu inicio, no entanto, em nada se assemelha a esta.


É uma ideia diferente e que poderá ser avaliada para melhorar a já existente.


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A Fábrica...



No princípio deste mês, “explodiu” o assunto Fábrica do Inglês. Ele foi reuniões camarárias, noticias em blogs e jornais que culminou com a “brilhante” proposta ainda que não votada, por parte da Câmara, de um referendo local!




Deve o povo decidir sobre algo que desconhece?




É do conhecimento geral a divida de 6,5 milhões de euros à banca, no entanto, não conhecemos nem a sua situação face às finanças, nem à segurança social.

Quais as responsabilidades que têm face aos subsídios Europeus recebidos?

Um Museu é deveras importante para a cultura de qualquer lugar, no entanto, deveremos empenharmo-nos para ter cultura quando não temos escolas em condições?

O que fazer então ao Teatro Mascarenhas?
À escola primária que deveria existir em São Bartolomeu de Messines, outrora bandeira de campanha do actual executivo e que ainda não está feita…

O porquê de adquirir o edifício da EDP em Silves em final de mandato?

O que fazer com o Casino de Armação de Pêra, entregá-lo também a particulares para que possa suceder o mesmo que aconteceu à fábrica do Inglês e ao próprio Casino?
Ou restaurá-lo fazendo dele interesse público e colocá-lo ao serviço da população, aí sim nascer um espaço para a cultura, algo inexistente em Armação de Pêra.

Estamos no Natal, a seguir teremos mais um ano em que se continua a adivinhar, falta de estacionamentos em Armação de Pêra. Quanto a isso nem uma só reunião, parece que tudo gira em torno de uma fábrica, que segundo muitos, estaria já condenada ao fracasso.



Seria bom um "referendo local", acerca do destino do único espaço decente que nos resta, que são os terrenos na Avenida do Rio, estes deveriam ser na sua totalidade para turismo, não de camas paralelas, mas sim de unidades hoteleiras, seria pensar no futuro, em postos de trabalho, em suma, pensar na sustentabilidade desta terra esquecida em prol de meras contribuições autárquicas. Haveria e há espaço para tudo, no entanto, é necessário estabelecer prioridades, traçar objectivos e ser coerente nas decisões que se toma.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tem a ver...

Esta coisa da corrupção não é novidade, este skecth está o "mássimo"! (corrompidos pela Mássimo Duti)!!!




quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

61 anos da declaração Universal dos Direitos Humanos




A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adoptada pela ONU em 10 de dezembro de 1948. Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo - Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros, delineia os direitos humanos básicos.


Abalados pela barbárie recente e ensejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Inglaterra, em 1945, as bases de uma futura “paz” definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objectivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.

Segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas (337 em 2008). Em Maio de 2009, o sítio oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos dava conta da existência de 360 traduções disponíveis.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O nosso primeiro presépio

O nosso primeiro presépio é já uma realidade!

Está em exposição numa das lojas do Casino.





Esta é a primeira iniciativa deste nosso primeiro Natal como associação, teremos ainda uma festa para as crianças da nossa terra e população em geral, na qual iremos distribuir algumas lembranças. Para tal é necessário a colaboração de todos para que tudo corra da melhor forma.

O nosso Clube disponibilizou a sala para a festa no próximo dia 20 de Dezembro e durante esta semana teremos uma reunião com o Presidente da Junta de freguesia, que numa primeira abordagem mostrou-se bastante receptivo.


Da nossa parte faremos o possível para que esta festa seja a primeira de muitas e gostariamos não só de surpreender os muídos, como também os graúdos...



domingo, 6 de dezembro de 2009

Os Natais da minha infância




A quadra natalícia em Armação de Pêra nos anos 50 e 60 do século passado e os acontecimentos a ela associados, eram bem diferentes dos eventos e festejos de Natal actuais. Mas eram muito solidários, humildes e sobretudo humanos. O consumismo não fazia parte dos hábitos nem era economicamente comportável para a maioria dos habitantes desta pequena povoação (na altura). Lembro-me de ver os meus pais partilharem com os familiares e amigos mais chegados, pequenas ofertas solidárias, dos produtos que colhiam na sua actividade de pequenos agricultores; como feijão, grão, azeite, figos, amêndoas, animais de capoeira e até carne de porco, quando havia matança. Os que desenvolviam a sua actividade no mar, retribuíam com peixe seco e salgado, em caso de bom tempo, até com peixe fresco. Outros, em melhores situações de vida, presenteavam com frutas, bacalhau, bebidas de produção própria e do mais que as suas actividades e posses o permitissem. A miséria e a fome eram amenizadas, solidariamente e sem caridadezinha. Não havia o hábito da celebração da consoada, as mulheres trabalhavam até tarde na confecção dos pastéis de massa tenra, das filhós e de outras iguarias para o dia de Natal, algumas famílias celebravam com uma pequena refeição a que designavam por “fazer a meia-noite”. A missa do galo não era nesse tempo celebrada em Armação de Pêra, porque não tínhamos igreja nem pároco, só em Alcantarilha é que era possível assistir à missa da meia-noite.
Para nós, os mais pequenos, vivíamos em euforia na esperança que o Menino Jesus se lembrasse de nós e do nosso sapatinho posto no fogão (ou lareira, para quem tinha) na noite de 24, não havia Pai Natal e sabíamos que eram os nossos pais que nos presenteavam, mas o espírito de curiosidade e o desejo de ter coisas novas para estrear no dia de Natal, deixava-nos excitados e éramos sempre os primeiros a sair da cama no dia seguinte. As prendas, eram mais ou menos comuns; um coelhinho de chocolate, meia dúzia de rebuçados, uma laranja, alguns figos torrados, umas meias ou cuecas e sobretudo a camisola de tricôt que a mãe fez durante meses e que será para estrear no dia de Natal.


O dia de Natal, era o ponto alto das festividades natalícias, para além da junção da família à mesa na degustação do galo, do peru ou do peixe seco demolhado e sobretudo no consumo das guloseimas que as nossas mães se tinham esmerado na véspera. O mais o mais importante era ir visitar os presépios, e havia-os lindos! Feitos com arte e criatividade; o da Casa dos Pescadores feito pelas raparigas dos bordados. O da Dona Bia d’Gene, ou Dona Maria d’Eugénio na sua loja de roupas ao cimo da ladeira, casa que conhecia bem, porque o meu pai pela altura do Carnaval ia lá podar as parreiras e as roseiras. O presépio da “Preferida”, loja do Sr. João Roque e da Dona Cleunice, casal com sensibilidade e espírito artístico extraordinário. O presépio da nossa Escola Primária, no primeiro andar da Pensão Central, em que todos participávamos, uns na apanha do musgo e de arbustos decorativos, outros na confecção de bonequitos de barro e artefactos para o seu embelezamento, desde as estrelas até aos santinhos recortados dos postais de Natal, para além das cartas e postais com o desejos e sonhos de cada um. O presépio do Sr. Manuel Franco, era imponente! Enchia uma casa, ficava embevecido a admirá-lo, feito com tão bom gosto e criatividade, parecia um sonho. E por último o presépio do Sr. Sargento Vitorino, era o mais distante mas o que maiores sensações de agrado e de espanto nos causava, não só pela minúcia dos seus pormenores, mas sobretudo pelas engenhocas, movimentos mecânicos e efeitos luminosos em que ele era mestre, que nos punha a sonhar e a imaginar como deveria ser a vida real numa aldeia da Galileia.


Com os desejos de um bom Natal.

Luís Ricardo





DIA DE NATAL

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.
Ah!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.


Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

 
António Gedeão

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sorteio Mundial 2010





O Sorteio do Mundial 2010, a ter lugar na África do Sul, realizado ao final da tarde, colocou Portugal no Grupo G, encabeçado pelo Brasil.


Para além da selecção brasileira, Portugal terá ainda como adversárias, na fase de grupos, as equipas da Coreia do Norte e Costa do Marfim.

A nossa equipa inícia esta campanha no dia 15 de Junho frente à selecção da Costa do Marfim. Seguem-se os confrontos com a Coreia e Brasil.

Grupo A – Selecções: África do Sul, México, Uruguai e França.


Grupo B – Selecções: Argentina, Nigéria, Coreia do Sul e Grécia.

Grupo C – Selecções: Inglaterra, Estados Unidos, Argélia e Eslovénia.

Grupo D – Selecções: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana.

Grupo E – Selecções: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões.

Grupo F – Selecções: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia.

Grupo G – Selecções: Brasil, Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal.


Grupo H – Selecções: Espanha, Suíça, Honduras e Chile.


Boa Sorte para PORTUGAL.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cão Perdido

Divulgação de alerta

Cão perdido / Missing Dog


Nome / Name: Kera

Cor / Colour: preto com prata e branco e as marcações tan / black with white and silver and tan markings

Sexo / Sex: Fêmea / Female

Identificação / Identification: Microchip, tatuagem (tattoo)

Contactos / Contact: 910341634 / bcej25@hotmail.com

Recompensa oferecida / Reward offered

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O tratado de Lisboa entra hoje em vigor









O Tratado de Lisboa entrou em vigor em 1 de Dezembro de 2009, pondo assim termo a vários anos de negociações sobre questões institucionais.

O Tratado de Lisboa altera, sem os substituir, os tratados da União Europeia e da Comunidade Europeia actualmente em vigor. O Tratado confere à União o quadro jurídico e os instrumentos necessários para fazer face a desafios futuros e responder às expectativas dos cidadãos.

1. Uma Europa mais democrática e transparente, com um papel reforçado para o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais, mais oportunidades para que os cidadãos façam ouvir a sua voz e uma definição mais clara de quem faz o quê aos níveis europeu e nacional.

• Um papel reforçado para o Parlamento Europeu: o Parlamento Europeu, directamente eleito pelos cidadãos da União Europeia, dispõe de novos poderes importantes no que se refere à legislação e ao orçamento da União Europeia, bem como aos acordos internacionais. Em especial, em relação à maior parte da legislação da União Europeia, o recurso mais frequente à co-decisão no processo de decisão política coloca o Parlamento Europeu em pé de igualdade com o Conselho.

• Uma maior participação dos parlamentos nacionais: os parlamentos nacionais têm mais oportunidades de participar no trabalho da União, nomeadamente graças a um novo mecanismo que lhes permite assegurar que a União só intervenha nos casos em que a sua intervenção permita obter melhores resultados do que uma intervenção a nível nacional (subsidiariedade). Em conjunto com o maior peso do Parlamento Europeu, a participação dos parlamentos nacionais reforçará a democracia e conferirá uma legitimidade acrescida ao funcionamento da União.

• Uma voz mais forte para os cidadãos: um grupo de, pelo menos, um milhão de cidadãos de um número significativo de Estados-Membros pode solicitar à Comissão que apresente novas propostas políticas.

• Quem faz o quê: uma classificação mais precisa das competências permite uma maior clarificação da relação entre os Estados-Membros e a União Europeia.

• Saída da União: pela primeira vez, o Tratado de Lisboa reconhece explicitamente a possibilidade de um Estado Membro sair da União.

2. Uma Europa mais eficiente, com regras de votação e métodos de trabalho simplificados, instituições modernas e um funcionamento mais racional adaptados a uma União Europeia com 27 Estados-Membros e maior capacidade de intervenção nas áreas prioritárias de hoje.

• Maior eficiência no processo de tomada de decisão: a votação por maioria qualificada no Conselho é alargada a novas áreas políticas para acelerar o processo de tomada de decisão e reforçar a sua eficiência. A partir de 2014, o cálculo da maioria qualificada basear-se-á numa dupla maioria de Estados-Membros e de população, representando assim a dupla legitimidade da União. Para ser aprovada por dupla maioria, uma decisão deve receber o voto favorável de 55 % dos Estados-Membros representando, pelo menos, 65 % da população da União.

• Um quadro institucional mais estável e simplificado: o Tratado de Lisboa cria a função de Presidente do Conselho Europeu, com um mandato de dois anos e meio; introduz uma relação directa entre a eleição do Presidente da Comissão e os resultados das eleições europeias; prevê novas disposições para a futura composição do Parlamento Europeu e introduz regras mais claras no que se refere ao reforço da cooperação e às disposições financeiras.

• Uma vida melhor para os europeus:o Tratado de Lisboa dá mais poderes aos cidadãos da União Europeia para intervirem em várias áreas políticas de grande importância, por exemplo, na área da liberdade, segurança e justiça, com destaque para o combate ao terrorismo e à criminalidade. São igualmente abrangidas outras áreas como a política energética, a saúde pública, a protecção civil, as alterações climáticas, os serviços de interesse geral, a investigação, o espaço, a coesão territorial, a política comercial, a ajuda humanitária, o desporto, o turismo e a cooperação administrativa.

3. Uma Europa de direitos e valores, liberdade, solidariedade e segurança, com a defesa dos valores da União, a introdução da Carta dos Direitos Fundamentais no direito primário europeu, a criação de novos mecanismos de solidariedade e a garantia de uma melhor protecção para os cidadãos europeus.

• Valores democráticos: o Tratado de Lisboa especifica e reforça os valores e objectivos que orientam a União. Além de serem uma referência para os cidadãos europeus, estes valores mostram ao resto do mundo o que a Europa tem para oferecer.

• Os direitos dos cidadãos e a Carta dos Direitos Fundamentais: o Tratado de Lisboa consagra direitos existentes e cria novos direitos. Em especial, garante as liberdades e os princípios estabelecidos na Carta dos Direitos Fundamentais e confere um carácter juridicamente vinculativo às suas disposições. Consagra os direitos civis, políticos, económicos e sociais.

• Liberdades dos cidadãos europeus: o Tratado de Lisboa protege e reforça as «quatro liberdades» e a liberdade política, económica e social dos cidadãos europeus.

• Solidariedade entre Estados-Membros: o Tratado de Lisboa prevê que a União e os seus Estados-Membros ajam em conjunto, num espírito de solidariedade, se um Estado-Membro for vítima de um atentado terrorista ou de uma catástrofe natural ou provocada pela acção humana. É igualmente posta em destaque a solidariedade no domínio da energia.

• Mais segurança para todos: a União tem agora mais capacidade para intervir nas áreas da liberdade, segurança e justiça e, por conseguinte, para lutar contra o crime e o terrorismo. As novas disposições em termos de protecção civil, ajuda humanitária e saúde pública têm igualmente como objectivo reforçar a capacidade de reacção da União em caso de ameaça contra a segurança dos cidadãos europeus.

4. A Europa assume maior protagonismo na cena mundial através da articulação dos diferentes instrumentos de política externa da União, tanto na elaboração como na adopção de novas políticas. O Tratado de Lisboa permite à Europa assumir uma posição clara nas relações com os seus parceiros e tirar maior partido das suas vantagens económicas, humanitárias, políticas e diplomáticas a fim de promover os interesses e valores europeus em todo o mundo, no respeito pelos interesses individuais dos Estados-Membros em matéria de política externa.

• A criação do novo cargo de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e Vice Presidente da Comissão reforçará o impacto, a coerência e a visibilidade da acção externa da União Europeia.

• Um novo serviço europeu para a acção externa apoiará o Alto Representante.

• O facto de a União passar a ter uma personalidade jurídica única reforçará o seu poder de negociação, contribuindo para o aumento da sua influência na cena mundial e tornando-a mais visível para os outros países e as organizações internacionais.

• No que se refere à política europeia de segurança e defesa, o Tratado prevê disposições especiais para a tomada de decisão e prepara o caminho para uma cooperação reforçada no âmbito de um pequeno grupo de Estados-Membros.