"O museu da cortiça e o projecto em que se engloba, foram durante anos, apresentados como exemplos de uma nova modalidade de articulação entre as finalidades colectivas e as conveniências privadas. Em 2001, recebeu o prémio de museu europeu do ano."
Conclui-se agora,dadas as circunstâncias, que as conveniências privadas não são compativeis com as finalidades colectivas, acima de tudo, quando o património em questão é do interesse público.
E porquê?
Porque o destino deste património, que só a quem pertence compete decidir, pode ser comprometido de forma irreversivel.
Todas estas conclusões são simples demais, senso comum.
Para qual dos nossos politicos, esta realidade é uma descoberta recente?
Durante todos estes anos, o museu esteve entregue a privados, mesmo sendo considerado património de indiscutivel valor para a preservação da nossa identidade, terão os politicos responsáveis, um inventário dos pertences do museu?
Nunca foram tomadas medidas para proteger o museu da cortiça de sobressaltos como o que testemunhamos agora.
É do conhecimento de todos,o facto de o administrador do museu, seu proprietário, parcialmente, ser irmão da nossa presidente, D. Isabel Soares.
O sr. administrador,agora falido foi à C.M.S., em busca de auxilio, afinal de contas o que o sr. têm para negociar não é para qualquer um, certo?
Toda esta situação é, no minimo, escândalosa, é grave que a administaçãoda Fábrica do Inglês, tenha deixado arrastar e situação até ao ponto de comprometer, desta forma vergonhosa, o património que a todos nós diz respeito, uma irresponsabilidade de que não deveria sair impune.
A forma como estão a lidar com este assunto faz nos adivinhar o pior, o contribuinte vai pagar pela irresponsabilidade dos envolvidos nesta situação.
Ninguém apresenta soluções, porquê?
Talvez porque as soluções que protejam o contribuinte prejudiquem o particular.
De novo pergunto, que interesses defendem quem elegemos para nos representar?
Ficará para sempre , se assim o permitirem, a certeza de que toda esta situação está a ser gerida de forma a não prejudicar o particular, o que é inadmissivel.
Se o protocolo com a fábrica do Inglês chegar a ser assinado, não deixará nunca de ser um insulto, a todos os que vencem com responsabilidade e trabalho as dificuldades que ao longo da vida vão surgindo.
Sempre me vem ao pensamento, que cada voto que entra nas urnas, nos actos eleitorais, não é mais que uma pérola deitada aos porcos.
Tânia Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário