No princípio deste mês, “explodiu” o assunto Fábrica do Inglês. Ele foi reuniões camarárias, noticias em blogs e jornais que culminou com a “brilhante” proposta ainda que não votada, por parte da Câmara, de um referendo local!
Deve o povo decidir sobre algo que desconhece?
É do conhecimento geral a divida de 6,5 milhões de euros à banca, no entanto, não conhecemos nem a sua situação face às finanças, nem à segurança social.
Quais as responsabilidades que têm face aos subsídios Europeus recebidos?
Um Museu é deveras importante para a cultura de qualquer lugar, no entanto, deveremos empenharmo-nos para ter cultura quando não temos escolas em condições?
O que fazer então ao Teatro Mascarenhas?
À escola primária que deveria existir em São Bartolomeu de Messines, outrora bandeira de campanha do actual executivo e que ainda não está feita…
O porquê de adquirir o edifício da EDP em Silves em final de mandato?
O que fazer com o Casino de Armação de Pêra, entregá-lo também a particulares para que possa suceder o mesmo que aconteceu à fábrica do Inglês e ao próprio Casino?
Ou restaurá-lo fazendo dele interesse público e colocá-lo ao serviço da população, aí sim nascer um espaço para a cultura, algo inexistente em Armação de Pêra.
Estamos no Natal, a seguir teremos mais um ano em que se continua a adivinhar, falta de estacionamentos em Armação de Pêra. Quanto a isso nem uma só reunião, parece que tudo gira em torno de uma fábrica, que segundo muitos, estaria já condenada ao fracasso.
Seria bom um "referendo local", acerca do destino do único espaço decente que nos resta, que são os terrenos na Avenida do Rio, estes deveriam ser na sua totalidade para turismo, não de camas paralelas, mas sim de unidades hoteleiras, seria pensar no futuro, em postos de trabalho, em suma, pensar na sustentabilidade desta terra esquecida em prol de meras contribuições autárquicas. Haveria e há espaço para tudo, no entanto, é necessário estabelecer prioridades, traçar objectivos e ser coerente nas decisões que se toma.
2 comentários:
Realmente é grave a situação que se vive no concelho.
Não existir uma escola primária em S. B. Messines é um escândalo quando se perde tempo a tentar recuperar uma fábrica do inglês que a meu ver nunca teve sucesso. O museu da cortiça pouco ou nada publicitado caiu no esquecimento e nem no intenerário de visitas de estudo por parte das escolas faz parte.
O teatro mascarenhas remodelado mas em desuso foi outro investimento sem palavras. Tentem abrir o teatro, criem uma escola de teatro amador para os tempos livres, saberemos se existe algum artista entre nós.
O casino de Armação de Pêra nem se fala, projecto de remodelação e criação de um auditório, um restaurante e uma biblioteca foram por água abaixo. Agora está a avenida toda bonita com um edificio ali sem sequer ser pintado para disfarçar os defeitos. Não digo para fazerem um auditório ou o que quer que tenham prometido, peço sim para tornarem o espaço num espaço cultural onde jovens e graúdos possam passar os dias em convívio, algo que falta no deserto que é Armação de Pêra na época baixa. Criem um cafézinho com umas mesinhas para jogar à sueca e/ou snooker, por exemplo, um espaço de internet para quem infelizmente não tem acesso em casa. Criem gabinetes de sugestões e voluntariado de eventos para ajudar a dinamizar a vila. Tudo isso num espaço grande e bem localizado que é o Antigo Casino.
Isto falar é muito bonito, o problema é a população se unir e realmente lutar para que alguns projectos, mesmo rabuscados sejam levados a sério por parte de quem tem o poder.
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